quinta-feira, 25 de junho de 2009

Lula vetará só um ponto da MP da Amazônia

Deu na Folha:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2506200915.htm

"Segundo esse auxiliar do presidente, que participou da reunião de ontem sobre a MP 458, muitos produtores rurais não vivem nas suas terras. Ou seja, o fato de não morar não significaria que o proprietário seja desmerecedor da posse regular da terra, argumenta esse ministro."

Somente os grandes produtores não moram na terra. Pequenos produtores sim. Estamos privilegiando a grande produção sobre a pequena. E depois fazem discursos no exterior reinvindicando a falta de alimentos e mostrando o Brasil como um dos maiores produtores de alimentos. Sim, produz alimentos, mas pra quem? Pros pobres é que não é. É pra exportar pra Europa e voltar como divisa pros grandes proprietários. Esse modelo atrasado de grande propriedade, promovido pela promiscuidade entre Estado e ruralistas, como mostrado nesse "acordo", remonta os tempos do reinado e simboliza o atraso da agricultura brasileira, que pode ser moderna tecnologicamente, mas socialmente não é diferente dos feudos medievais. Com a diferença que os feudos medievais empregavam. Os modernos tem máquinas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nepotismo, por Irineu Evangelista de Sousa

"Um filho de meu tio Gabriel que veio por aqui volta no seguinte vapor e me pede com insistência um lugar; creio, porém que só pode servir para dar voltas, fazer cobranças. No entanto eu estimaria que só fosse admitido se prestar para alguma coisa, de contrário por forma nenhuma".

sábado, 30 de maio de 2009

Objetivos e objetivistas

Sort of rambling visions being rambled babbled through text. Vou aproveitar a pós bebedeira pra escrever.

Agora que percebi que o ícone do gmail é uma animação. Me peguei procurando o que que tava se mexendo na aba do Gmail, e depois de minutos de observação, era isso.

"Agora" é uma palavra legal. Denota o momento presente, o... tam tam tam tam... agora haha. Não ágora. Ágora é outra coisa.

O legal de encontrar textos, escritores, palestras com idéias semelhantes às nossas é que isso mostra que de alguma forma a gente não tá sozinho. Um dos poderes da internet é isso, conectar gente. Não só através de um add no orkut, mas através do compartilhamento de pensamentos, de formas.

E aí vem as formas não definidas, não cristalizadas. Essa maneira descompromissada de expressar o pensamento. E o blog é a mais forte delas. Pode ser um perigo, mas em geral se mostra uma ferramenta excelente de compartilhamento de visões de pessoas.

Uma palestra legal que fala disso é a da filósofa, poeta e cantora fracassada, segundo ela mesma, Viviane Mosé. Moisés? É uma palestra sobre Nietzsche no ótimo, mas mal localizado na grade de programação, Café Filosófico, cujo cenário parece ser alguma livraria1.



Muito interessante e divertida a maneira como ela coloca o niilismo, e daquela coisa de "mais fácil um camelo passar por dentro de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus".

Legal também a visão sobre o auto-desenvolvimento e o aperfeiçoamento do ser humano que é feito dia a dia, e para ele mesmo, para viver o eu. Visão essa compartilhada pela Ayn Rand, que apesar de tê-lo estudado, nega a admiração, citando apenas Aristóteles.

Aqui uma entrevista interessantíssima dela2. Muito bem colocados os pontos dela. Discordo de vários, principalmente sobre o papel do Estado, e a falta de solidariedade. Mas concordo com o louvação, desdenhada pelo entrevistador, do empreendedor (chamado de industrialista), daquele que inova e leva a sociedade pra frente, motivado por razões egoístas ou não. Mas com a fábrica do pai destruída pelos socialistas, abandonada pelos pais, fugida da Rússia socialista, não esperaria visões diferentes dela.


















Mas ao mesmo tempo que o pensamento Randyano ou Objetivista se aproxima de Nietzsche no aperfeiçoamento, destoa dele em outros. E na verdade, o próprio pensamento de Nietzsche parece se contradizer, quando fala não em buscar um ideal, mas em melhorar dia após dia.

E o sucesso pode ser mesmo intencional ou não. Temos muitos exemplos de pessoas que faziam certas atividades por gosto ou por outros motivos e a coisa acabou crescendo e dando bastante certo. Mesmo esse texto, que se tornou esse mini-tratado sobre metas, tempo presente e progresso começou como uma distração de ressaca.

Mas o empreendedorismo, mesmo que de forma limitada, depende de metas. Não quer dizer que o Asa Candler sabia exatamente onde a Coca Cola ia chegar em 2009. Certamente tinha devaneios, como eu e todo empreendedor deve ter, de sonhos grandes de onde o produto ou a empresa pode chegar. Mas isso é longe de dizer que isso era um objetivo, uma meta, com estratégia e cronograma. Mas ele tinha na cabeça o passo seguinte, que era vender aquela remessa da Coca Cola que tava guardada no galpão. Assim como o pintor tem o passo seguinte, que é terminar de pintar essa tela.

E talvez assim a contradição termine, quando se extende esse conceito do agora, do presente momento pra a visão de presente projeto.

Essa mudança de visão, de quebra do ideal foi presente na minha vida também, quando eu imaginava que as coisas iam vir numa tacada só, ao invés de passos dados dia a dia em direção a um objetivo.

1 - Café Filosófico da TV Cultura: imperdível
2 - Ayn Rand & Mike Wallace - Entrevista legenda em Português

sábado, 2 de maio de 2009

Êxtase

Royksopp feat. Robyn - The Girl and The Robot




RöYKSOPP - The Girl and The Robot lyrics

Featuring: Robyn

I go mental every time you leave for work
You never seem to know when to stop
I never know when you'll return
I'm in love with a robot

In the night, call you up and
Wanna know when you're coming home
don't deny me, call me back
I'm so alone

In the night, wait up for you
Even though you don't want me to
Go to bed, leave the lights on
what's the use

So you want to understand me
You just see what you want to see
there's no way I can help you out
You don't know what it's all about

Fell asleep again in front of MTV
God, I'm down at the bottom
No one's singing songs for me
I can't wait for tomorrow

When you're gone and rain starts falling
I just sit here by the phone
don't deny me, call me back
I'm so alone


Oh, when you gonna come home?
Oooooh I just gotta know
When you gonna come home?
Oh

Baby I can't stand it when you go to work
You never seem to know when to stop
I never know when you'll return
I'm in love with a robot


In the night, call you up and
Wanna know when you're coming home
don't deny me, call me back
I'm so alone

Experiência visual e auditiva. Assista em tela cheia e em alta qualidade.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Caminho da Música Eletrônica

É interessante ver como as obras dos artistas refletem o momento que eles estão passando na vida.

Como no caso da galera do Electroclash de 2000 (CSS included), que passou uma cara fazendo tour depois de estourar com as produções fodas daquela época e que agora vem fazer um álbum mais tranquilo, mais cabeça, do que aquela jogação da época.

Deve tar com certeza relacionado àquela época em que passaram fazendo farra, usando drogas talvez, fazendo bastante merda e curtindo a vida e agora resolveram dar uma descansada e vem com essas produções fodas, mas chatíssimas pro meu gosto e pro do grande público. E que precisam de um remix foda de algum produtor igualmente foda pra funcionar na pista. E funcionam, porque o nome deles e a qualidade ainda tem poder.

Acredito que cada um tem o seu caminho e tem que seguí-lo do jeito que achar melhor, e acredito que essa puxada nos limites que eles fazem tem uma função de experimentalismo que ajuda a descobrir até onde eles podem ir na sua arte e na maneira como o público reage a isso.

É mais ou menos o que aconteceu com o Richie Hawtin foi pro minimalismo e todo mundo pensou: "que bela bosta". E hoje todo mundo paga pau extremo pro cara.

Espero que o caminho dessa galera siga o do Richie Hawtin, que agora não se importa e até adora tocar pra grandes platéias e até o malucão do Sven Vath e os amigos do Richie Hawtin se dizem felizmente surpresos com o cara por agora ele estar mais sociável e alegre. Ou como o Calvin Harris, que fez um trance, pra horror de muito eletronista ortodoxo. Mas cujas produções de ambos continuam em nível de excelência.

domingo, 26 de abril de 2009


Somos camadas sobre camadas de personalidade, montada sobre experência atrás de experiência que nos moldaram pra onde somos.

Temos nossa linha geral que nos guia e que determina pelo que nos interessamos e o que odiamos, mas que pode ser mudada por fatores internos ou externos.