Engraçado que os critérios internos de merecimento que eu achava que só valiam pra situações sociais, também valem pra situações em geral. Por exemplo, na área social, antes de nos deixarmos ser sociais, nos perguntasmo diversas coisas: quem sou eu nesse grupo? Eu vou contribuir com alguma coisa se eu abrir a boca? Será que eu posso perder valor se eu fizer a ação X? Será que vão deixar de me respeitar se eu fizer X e der errado? Esses filtros, quando eles te dizem que fazer a ação que você tem vontade, pode trazer consequências negativas, o seu cérebro te impede de fazer tal coisa. Vamos dizer que você quer fazer amizade com alguém, mas acha que a pessoa pode não gostar de você. É possível que você sinta algo até físico pra te impedir que você faça isso. Uma força invisível que te puxa pra trás.
Isso é claro e conhecido por muitos como timidez, "travar", etc. Agora o que eu não sabia é que isso se aplicava a trabalho por exemplo. Agora estava tentando terminar uma solução em software e algumas coisas não vinham na mente, mas eram sensações. Buscando, vi que elas podem estar muito bem relacionadas ao meu senso de merecimento. Começam a vir perguntas: "será que eu posso terminar isso tão rápido?", "você já trabalhou demais, deixa isso pra depois", "você já trabalhou demais por hoje, descansa um pouco". Só que isso tá me impedindo de fazer uma coisa boa, que é terminar o meu trabalho. Parece que eu estou acostumado demais a essa sensação de agonia, de coisas incompletas, e o meu corpo não tá deixando eu conhecer uma situação diferente, que é de ter as coisas prontas, completas. Mas foda-se, deixa o meu corpo sentir isso, que eu quero é terminar meu trabalho.
domingo, 1 de junho de 2008
Filtros de comportamento
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